Descrição

domingo, 5 de novembro de 2017

Pedal DigiTech PDS-8000 Echo Plus

Conserto do pedal PDS-8000 Echo Plus, tesouro perdido de meados dos anos 80. Ele consegue um atraso total de 8 segundos com uma resolução de 8 bits, para a época se tratando de um equipamento de áudio digital, era uma maravilha.
O cliente, que deve ter adquirido o equipamento naquela época mesmo, o entregou informando que já fazia anos que o pedal não ligava mais . E realmente, o defeito inicial dele era esse, que foi fácil de resolver, mas ele ainda apresentava outro defeito, o sinal com efeito estava inoperante mesmo o circuito estando em funcionamento. Defeito chato que custei um pouco para resolver....

 
 Visão interna da caixa sem a placa.  

Visão inferior da placa.

 

Vista superior.

 
Detalhe para os potenciômetros Alpha. Nessa época eles eram feitos nos USA, e mesmo com 30 anos, só bastou uma limpeza para ficarem como novos

 
Olha o carimbo que não me deixa mentir.

 
Detalhe para o circuito lógico. O legal desse equipamento é que todo o processamento é feito com CI's discretos, diferente do BOSS DD-2 que é da mesma época é usa um processador dedicado para todo o processamento.  Vejam nessas fotos: BOSS DD-2 vista inferior, e BOSS DD-2 vista superior.


Esse CI 411024 é a memória RAM dinâmica. Não achei nenhuma informação sobre, o que sei é que somente os pedais da DigiTech as usavam.

 
NE570N, famoso 'Compador' usado tanto em pedais de modulação analógicos e digitais.
É o responsável por condicionar os sinais de entrada e saída.

 Em destaque um MC14559, mais duas redes resistivas LA10502 (8 Bit R-2R Ladder, 5kOhm 1%). A conversão AD/DA desse pedal é feita tanto MC14559 + LA10502 para AD, e HEF4094 + LA10502 para DA.


Aqui o pedal encontra-se pronto e com o atraso devidamente ajustado.


Leds de indicação Efect e Infinite Repeat; controles de Delay Time, Regen, Mix e volumes de Input e Output; mais duas chaves de Range de Tempo 500ms, 2s e 8s; e modos Normal, Trigger e Sampling.
Mais detalhes consultem o manual: DigiTech_PDS8000_echoplus_manual.pdf.


Jack de saída.


Jacks de entrada, Trigger Input (para sincronismo externo do modo Infinite Repeat), e entrada para fonte.


Parte inferior


Detalhe para a etiqueta que está intacta. 


Será que sobrevive mais 30 anos? Creio que sim, se fosse um modelo novo não teria tanta certeza...

 

sábado, 26 de agosto de 2017

Amplificador Borne Vorax 12100

Conserto do Borne Vorax 12100, amplificador usado em estúdio e estava com defeito intermitente de totalmente mudo para um zumbido sem controle, defeito comum para o tipo de construção...

Transformador


E isso é tudo que vemos ao retirar o "cabeçote" da caixa...


Placa onde situa-se a fonte e o estágio de saída. E origem do defeito, que nessa foto, já estava reparado.

Apesar de estar especificado como um amplificador de 100Wrms (Vejam no site: Vorax-12100), esse amplificador realmente fornece 50Wrms para os 8 ohms de carga do alto-falante. Isso se deve pelo fato do fabricante usar a especificação 'MusicPower' do integrado usado como amplificador de saída. Comparem as especificações no datasheet: TDA7294.


Placa do pré e equalizador passivo. Vejam que há uma fonte dedicada para esse circuito igual ao estágio de saída. 

Tive que fazer um "ajuste" para o controle de ganho, pois o canal limpo estava distorcendo demais...

Botão de power e conector RCA para entrada de áudio auxiliar. Tudo bem feito com cola quente pela Borne...


Sequência de fotos com detalhes do painel traseiro:




E o painel frontal:

Dois knobs perderam o revestimento de borracha.


Alto-falante.


Precisei dar um tapa no corino branco. Está pronto para outra.



domingo, 6 de agosto de 2017

Amplificador para ContraBaixo Hartke HA2500

Conserto do amplificador Hartke HA2500 que estava com o típico zumbido de 120Hz advindo de curto circuito em alguma linha da fonte de alimentação, mas o atípico nesse caso, é que o curto não era causado pelo circuito de saída como é comum acontecer.

Nessa foto está o amplificador de saída; a fonte no seu estágio não regulado; e a placa com as saídas para as caixas, direct out e send/return. 


Detalhe para os transistores de potência. 


Placa do pré-amplificador, mais o estágio regulado da fonte.


Lado onde é situado a fonte simétrica para alimentação do circuito de pré-amplificação.


E aqui a outra parte com o restante do circuito de pré, circuito onde estava a causa do defeito citado a cima. 


Transformador


Painel traseiro.


Cooler, saída de linha balanceada, send e return para inserir efeitos, e duas saída para caixas somando no mínimo 4 Ohm de impedância. Gostei das funções aplicadas a saída de linha, como elevação de GND e uma chave para seleção de antes ou depois da seção de equalização, isso para gravação em estúdio é uma mão na roda . Vejam mais detalhes no manual: HA2500_ownman_v1_2.pdf


Entrada de rede e algumas especificações. Vejam que além do selo da Comissão Européia CE, há também um N382, que ao meu ver, está relacionado a referência de materiais usados, talvez seja a certificação sobre a fabricação sem chumbo. Outro detalhe é o "Made in China", mesmo a Samson/Hartke sendo americana, é a china dominando tudo... 


Painel frontal. Entradas passiva e ativa, Volume A (Emulação de pré-valvulado), e volume B (estado sólido), compressor e um equalizador gráfico de 10 bandas. Está faltando o knob do pot de 8kHz, não achei em lugar nenhum um parecido...


Traçador de nível com controles para baixas e altas frequências (devem ser ajustados em conjunto com o equalizador), volume master, adesivo da banda União Rasta e chave power. 


Pronto para outra, vejam pelos suportes laterais que esse amplificador é usado em rack.



sábado, 29 de julho de 2017

Restauração Multímetro Analógico Simpson 260 série 3

Pensando em sempre ter equipamentos de alto padrão para minha bancada, adquiri dois desses multímetros sucateados para restauração no mercado livre, pois não teria condições de comprar um novo devido ao alto valor de venda...
Um deles é o Simpson 260 série 3 do final dos anos 60, que é o que mostrarei nesse post, e o outro é um 260 série 8 modelo recente (anos 2000). Primeiramente comprei o série 3 com intenção de restaurá-lo, mas como seu galvanômetro estava destruído, e seria inviável repará-lo, acabei comprando o série 8 para aproveitar o galvanômetro para o série 3. Como ambos eram sucata, gastei 5 vezes menos comparando com o valor de um novo.

Na sequência de fotos abaixo, vejam a situação que estava a placa do equipamento.




Nessa foto está os componentes descartados da placa. Os resistores estão alterados devido ao tempo, quase 50 anos; o potenciômetro foi corroído por oxidação, mesma oxidação que tive que tirar da placa; um diodo de germânio aberto; e o capacitor (maiorzinho da foto), está rachado. 


Isso aqui é o que um dia foi o galvanômetro... Mas foi bom, pois o taut band do série 8 é bem melhor que esse, e deu uma cara mais nova ao multímetro.


Essa é a placa com a serigrafia da escala do série 3, apesar de estar bem apagada, resistiu bem ao tempo.


Aqui está a placa já restaurada. Todos os resistores com termo retrátil foram trocados ou corrigidos por associação. O potenciômetro é um novo adaptado com o eixo do antigo.



Visão interna da caixa superior, além de limpá-la, tive que adaptar os contatos das pilhas com laminas de cobre. 


Placa instalada na caixa. Vejam que adaptei um pot e dois diodos para proteção do galvanômetro. Foi necessário incluir esse circuito, pois o galvanômetro taut band funciona de forma diferente do antigo. 


Detalhe para os resistores de alto valor que fazem parte das faixas de 5000V AC e DC. Estão abaixo da placa. 


Esse é o galvanômetro do série 8, um baita upgrade para esse multímetro. Vejam que diferente da placa antiga, nessa há uma faixa espelhada para corrigir o erro de paralaxe na leitura das medidas. 


Caixa inferior e alça para transporte.



Tampa de proteção do galvanômetro instalada. Detalhe para o parafuso do ajuste de zero do ponteiro. 


Aproveitei os knobs de zero ohms e seletor de AC/DC do série 8, somente deixei original o knob seletor das faixas, pois além de estar em melhor condição, esse formato de "cabeça de galinha" dá um charme. 


Todos os bornes estavam sujos e oxidados. Vejam o resultado abaixo, deu um trabalhão limpá-los...


Agora tenho uma ótima ferramenta para medir semicondutores, verificar linearidade de potenciômetros, e tendência de oscilações de sinais diversos.