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domingo, 18 de setembro de 2016

Amplificador Meteoro MW250 Proline Bass

Finalmente arranjei um tempinho para fazer mais esse post para o blog.
Hoje mostro os detalhes do conserto feito em um Meteoro MW250 Proline.

 Esse equipamento ligava, porém estava mudo. O cliente me informou que ele parou durante um show, onde estava por volta de duas horas ligado no talo.

 Ao abrir o equipamento já me deparo com o perigo, vejam como os jacks de saída estão próximos do dissipador do amplificador de saída. Não sei se o pessoal da Meteoro é corajoso, ou outra coisa... 


O problema do equipamento encontrava-se no pré-amplificador, onde as alimentações de placa e filamento das válvulas estavam abertas, fora algumas "recondicionadas" de solda e contatos que tive que refazer, pois a placa já tinha sido mexida por pessoal, digamos, sem experiência.
Outra coisa que acontecia nesse pré, é que o antigo dono (que tocava heavy metal), fez uma modificação para "saturar mais fácil as válvulas", e assim conseguir um nível mais alto de distorção. Claro que tive que corrigir isso também, pois o dono atual toca reggae. 

 Fonte de alimentação (placa situada no meio da foto). Esse equipamento conta com um circuito de seleção automática de tensão de rede. 


 Trafo.


 Amplificador de saída.


 E finalmente o pré.


Detalhe para a trafo e os capacitores a esquerda da foto, essa é a fonte dedicada a alimentação das placas das válvulas.


Válvulas montadas com blindagem.


Blindagem retirada.


Válvula 12AX7WA da "Sovtek"... Todo mundo sabe que essa e outras marcas são feita na china pelo mesmo fabricante da Shuguang. O que temos que ficar espertos é somente na última letra, pois é por ela que saberemos as especificações.


Amplificador montado e pronto para outra.


Bem pensada essas saídas de ar para o resfriamento das válvulas.


Como está no painel, o marketing desse equipamento está em cima do fato do pré ser um amplificador classe A valvulado. Eu nunca vi um pré-amplificador valvulado usar outra configuração que não seja a classe A. A Meteoro só pode estar de brincadeira... 


Adesivo da banda Nyahbinghi Bothers.


Apesar do anunciado 250Wrms, esse ampli tem o rendimento de 220Wrms, e acima disso, o sinal começa a clipar... 


Painel traseiro


Vejam a potência de consumo de 480W. Pela especificação dos fusíveis usados, esse equipamento deve consumir 1/4 dessa potência a mais... 


Vejam que há duas saídas para caixas de 8 ohms cada, somando 4 ohms; send e return, e saída de linha e o cooler para ventilação forçada.


Assistência Técnica de amplificador para contrabaixo.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Ruído rosa e ruído branco

Há um tempo fiz a manutenção de um antigo gerador de sinal senoidal aleatório da Bruel & Kjaer. Além de gerador de senoide e banda estreita, esse instrumento também tem as funções de ruído rosa e branco. Essas funções são muito usadas para ensaios de acústica, e para análise de vibrações de um determinado sistema.

Bruel & Kjaer type 1027, fabricação por volta de 1980. 



Pegando o gancho, resolvi fazer um vídeo para cada ruído sendo verificado no osciloscópio.


Ruído rosa

Basicamente o ruído rosa é caracterizado por uma constante banda de frequência oitavada, decaindo o sinal em 3dB a cada oitava. Reparem que no meio da tela do osciloscópio está a "frequência" de referência (podemos até chamá-la de fundamental desse sinal), que se mantêm constante (gatilhada pela amostragem do osciloscópio), enquanto as demais são mostradas em batimento pela frequência de varredura horizontal do scope. 'Deixo bem claro aqui que na verdade o osciloscópio mostra o período referente a frequência medida. Estou especificando como "frequência", somente para facilitar o entendimento.'
No decorrer do vídeo, fico alterando a amostragem da varredura para demostrar melhor as características do sinal. Nesse caso, usei 1,2kHz como referência para gerar o ruído. 


Ruído branco

O ruído branco é resultado da combinação de todas as frequências cromáticas (em teoria, pois na prática é impossível gerá-lo sem usar um banda específica), por isso ele é chamado de ruído branco, em alusão a luz branca.
 Também usei 1,2kHz como referência para gerar esse sinal e fui alternando a amostragem do scope. Vejam que ele se comporta parecido com o ruído rosa, só que a gama de "frequências" mostrada pelo osciloscópio é bem maior e com amplitude intensa.


Abaixo segue a gravação do áudio dos dois ruídos.
Eles são bem parecidos, mas há uma característica básica que os distinguem, o ruído branco soa um pouco mais agudo, e com isso se torna mais presente que o rosa. Um ouvido mais atento conseguirá distingui-los sem muita dificuldade.
 Nos 10 segundos finais de cada áudio, mudo a frequência de referência gerada de 1,2kHz para 12kHz.

Será que vocês conseguem distinguir qual é qual? Boa sorte!!!